Nós bebemos automaticamente. Em paralelo com o movimento, com o ecrã, com as coisas. Mas a água tem um poder diferente se lhe der espaço.
Ficar de pé. Segurando um copo nas mãos. Não se encoste à parede. Não controle as suas costas. Permita-se apenas ficar na vertical — não pela força, mas pela água.
O primeiro gole é mais profundo. O corpo “entra” em forma não para se manter, mas para se sustentar. Este é um momento de presença total.
E depois de apenas alguns goles, a microcarga na zona lombar desaparece, o peito não “pressiona” por dentro. E a pele parece ficar mais sensível ao ar.
Não se trata de beber. Trata-se de regressar a si mesmo — através do movimento mais simples.